Câmera registra guardas municipais dando tapas e socos em adolescente durante abordagem em Boa Esperança, MG
25/08/2025
(Foto: Reprodução) Adolescente de 14 anos teria sido agredido por guardas municipais de Boa Esperança
A Polícia Civil de Boa Esperança (MG) investiga uma agressão a um adolescente de 14 anos durante uma abordagem da Guarda Civil Municipal (GCM). A ação de dois agentes municipais foi registrada por uma câmera de segurança, na sexta-feira (22).
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No vídeo, o jovem aparece rendido contra um muro por um guarda municipal. Em seguida, uma guarda aparece e dá dois tapas na cabeça do adolescente. As agressões continuam e o guarda dá um soco na barriga do jovem.
Um homem surge e intervém e é contido por policiais rodoviários armados com armas e cassetetes e que acompanhavam a abordagem dos GCMs. As imagens também mostram a mãe da vítima discutindo com os agentes.
Guardas municipais são flagrados agredindo adolescente em Boa Esperança
Reprodução câmera de segurança
Segundo o relato da GCM, que foi registrado no boletim de ocorrência (B.O.), o adolescente teria sido flagrado conduzindo uma motocicleta de forma perigosa, no bairro Maringá e realizava manobras arriscadas - conhecidas como "grau" - enquanto fazia gestos de provocação para os agentes.
De acordo com o B.O. a placa estava coberta com uma camisa, o que impediu a identificação da motocicleta. Após tentativas de abordagem, o menor teria conseguido fugir, mas foi localizado cerca de 40 minutos depois, em uma bicicleta.
Segundo a agente, durante a abordagem, o adolescente teria confessado que estava com a motocicleta e admitiu que realizou as manobras de propósito para provocar as autoridades.
Durante o registro da ocorrência, familiares do adolescente se revoltaram. O avô alegou que seu neto foi agredido pelos agentes com tapas e socos, mesmo não tendo resistido.
Devido ao clima de tensão, a Polícia Militar foi acionada para dar apoio e usou munição não letal para conter a confusão. Após os procedimentos, o adolescente foi liberado e o caso registrado para apuração.
A família do menor não quis dar entrevista. A Prefeitura de Boa Esperança, responsável pela GCM foi procurada, mas não deu retorno até a publicação desta reportagem.
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